quinta-feira, 1 de novembro de 2012

moinhos lindos

Flutuando, leve, longe de qualquer peso, quase que desafiando a gravidade. Chega uma hora que amar também cansa, não é como no cinema. Um amor indefinido cansa. Certezas demais também cansam. E quando a gente ama ao ponto de quase se perder: férias. Labirinto de emoções. O riso frouxo, o sorriso integral. Já foi o disparo e as borboletas no estômago. O imaginar como seria. As cores. O apelido carinhoso. Já foi declaração. E tudo aquilo que Camões falou. Vinícius também em “O haver”. Mas o sentido escapa. O sonho se transforma. O silêncio não é mais o mesmo de antes. A vida também não. Esse retirar e dizer de palavras já não agrada. Voar faz bem. E se o céu ilumina a todos, um dia as asas poderão descansar na mesma nuvem. Mas não agora. Agora é hora de voar. Desejo que encontre um lindo céu azul para os teus rodopios. Supere o medo dessa altura, por favor.Voe com a mais bela passarinha que encontrar. Estou bem, bem mesmo. Funciona mais ou menos assim:hoje, o amor é tudo, amanhã, não é nada, depois de amanhã, é tudo de novo. Eu acredito em paixão e moinhos lindos.

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